“Minha vida era uma rotina. Um dia Percebi que estava fazendo as mesmas coisas, encontrando-me com as mesmas pessoas, tendo as mesmas discussões, vivendo as mesmas situações. Era uma vida sem desafios, uma vida ‘normal’. Em breve, eu não me sentiria mais vivo. Fazer uma volta ao mundo, a pé, era um sonho grande de um menino que queria aprender e conhecer tudo o que existe no planeta. Este menino foi (e sou eu). Também caminho pela paz. Porque a paz é a experiência mais constante que experimento ao longo desta viagem. Tudo começou quando desenhei uma linha vermelha no mapa mundi, comprei sapatos, preparei minha mochila e comecei”
O relato acima é de um jovem russo chamado Andrej Raider, 23 anos, resolveu caminhar pelo mundo, há um ano. Raider iniciou sua caminhada na França, onde conheceu novas pessoas, o idioma e a cultura local. Em seguida, passou pela Espanha e Portugal, onde trabalhou e fez amigos, por três meses em cada país. Agora em São Paulo, pretende ficar por alguns meses até conseguir trabalho para financiar o resto da viagem.
Quando li o texto acima no Jornal O Estado, senti algo inexplicável, igual um tapa na cara. Afinal, quantas vezes eu quis ser eu e tiver ser igual a todo mundo. E agora aqui, sozinho pela casa vazia, fico a me perguntar: E o meu amanhã?